Realizado por um dos grandes realizadores contemporâneos, David Fincher, Fight Club foi uma das obras mais emblemáticas do cinema nos finais dos anos 90. Com um elenco de luxo – Brad Pitt, num dos seus papéis mais marcantes da sua carreira, a personificar irrepreensivelmente o apocalíptico Tyler Durden; Edward Norton, num filme que foi a impulsão necessária para a sua carreira, e Helena Bonham Carter, a musa de Tim Burton, – esta obra cinematográfica funciona como um marco para a geração que viveu os anos 90, sendo um verdadeiro símbolo para a última geração do século XX, assim como para todos os intervenientes do mesmo.
Confesso que tive que rever o filme para perceber melhor para onde ele que me queria levar. A descoberta e consequente fascínio por esta obra surgiu quando na adolescência descobri os Pixies, e a sua canção “Where is my mind”, que fecha o filme numa das cenas mais míticas da história do cinema.
Não existem muitas diferenças entre o livro e o filme, sendo que a maior delas acaba por ser na “explicação” do final, provavelmente no essencial; no livro o escritor “mostra-nos” a conclusão, e no filme o realizador quer que os espectadores “leiam” e tirem a sua própria conclusão.
Depois de muitos anos, é um filme que se mantêm actual e novo, e é isso o que se pede a uma obra que se diferencia de muitas outras feitas apenas para salas de cinema cheias e bilheteiras com lucro. – Ricardo