Autor: Agatha Christie
Título Original: The Mysterious Affair at Styles (1920)
Editora: RBA Coleccionables
Páginas: 198
ISBN: 9788447359073
Tradutor: Carlos Afonso Lobo
Origem: Comprado
Opinião: Depois de já ter lido vários livros da Agatha Christie, ao partir para uma nova história de sua autoria já sei mais ou menos o que esperar. E é precisamente por isso que estas leituras me agradam: são rápidas, interessantes e bem escritas. Gosto bastante do Hercule Poirot e neste novo mistério, é ele o detective, numa história narrada pelo seu companheiro Hastings (à semelhança dos contos que já tinha lido em As Investigações de Poirot). Foi o primeiro livro publicado por Agatha Christie e o primeiro onde apareceu o famoso detective belga.
Hastings vai passar uma temporada a Styles, em casa do seu amigo John Cavendish. Enquanto estava vivo, o pai de John casou com Emily Inglethorp; depois de ter falecido, as suas vastas posses passaram para o nome de Emily, que entretanto casou com um homem bastante mais novo. Sem ninguém esperar, Emily morre de aparente envenenamento. Junte-se a este cenário o estranho irmão de John, a empregada demasiado ciosa da sua patroa, uma jovem protegida de Emily, a bela mulher de John, que parece esconder muita coisa, e está construído o cenário típico das histórias policiais de Agatha Christie, que levam o leitor a uma viagem pelos avanços e recuos da investigação, fazendo-nos constantemente tentar adivinhar quem cometeu o crime e porquê.
Como já referi, a história é narrada por Hastings, que acaba por reflectir um pouco a ingenuidade do leitor comum perante os factos que vão sendo desvendados. Hastings apenas consegue ver o aparente e os pequenos detalhes importantes acabam por lhe passar despercebidos. Por vezes, quase parece que Poirot goza com as limitações de um Hastings bastante cheio de si, o que não deixa de ser divertido. A resolução do caso apenas é conhecida nas últimas páginas e, como é normal nesta autora, é bastante imprevisível. Agatha Christie sabe iludir o leitor como ninguém, e é este constante desafio às nossas capacidades de dedução que tornam os seus livros tão viciantes.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante