O Tempo Entre Costuras, María Dueñas (3 de Setembro)
O Tempo entre Costuras é a história de Sira Quiroga, uma jovem modista empurrada pelo destino para um arriscado compromisso; sem aviso, os pespontos e alinhavos do seu ofício convertem-se na fachada para missões obscuras que a enleiam num mundo de glamour e paixões, riqueza e miséria mas também de vitórias e derrotas, de conspirações históricas e políticas, de espias. Um romance de ritmo imparável, costurado de encontros e desencontros, que nos transporta, em descrições fiéis, pelos cenários de uma Madrid pró-Alemanha, dos enclaves de Tânger e Tetuán e de uma Lisboa cosmopolita repleta de oportunistas e refugiados sem rumo.
Dez Mil Guitarras, Catherine Clément (23 de Setembro)
Marrocos, 1578: dez mil guitarras jazem ao abandono no campo de batalha de Alcácer-Quibir. D. Sebastião desapareceu. Morto ou vivo? Há quem espere por ele… Ao contar-nos essa espera, Catherine Clément oferece-nos uma truculenta galeria de retratos de uma Europa em mutação: o peso dos Habsburgo, a violência das guerras religiosas, a loucura do Imperador da Áustria, a rebelião da jovem rainha Cristina da Suécia e a sua paixão por Descartes. Composto como uma ópera, pleno de fantasia e de verdades pouco conhecidas, o romance dá voz a personagens memoráveis, como esse famoso rinoceronte – que atravessou a Índia a toda a largura e que, depois de ter navegado de Goa para Lisboa, se encontra enjaulado para deleite de soberanos: um jovem rei português, um velho rei de Espanha, um imperador alquimista, uma rainha bárbara. Catherine Clément retoma em Dez Mil Guitarras a veia romanesca dos seus grandes sucessos: A Senhora, Por Amor da Índia ou A Viagem de Théo.