Autor: Audrey Niffenegger
Título Original: The Time Traveler’s Wife (2003)
Editora: Editorial Presença
Páginas: 480
ISBN: 9789722332743
Tradutor: Fernanda Pinto Rodrigues
Origem: Recebido para crítica
Opinião: Já tinha ouvido falar n’ A Mulher do Viajante do Tempo, mas a obra nunca me tinha realmente chamado a atenção. Agora, depois de o ler, estou completamente rendida ao encanto da estória e espero que o filme, recentemente nos cinemas, consiga fazer jus a todas as emoções retratadas. O meu próximo passo é, sem dúvida, vê-lo.
Como será viver um Presente que começou no Passado e do qual se conhece o Futuro? Esta é a pergunta que, para mim, resume a bonita e estranha história de amor de Henry e Clare. Devido à sua cronodeficiência, Henry tem a capacidade de viajar no tempo e é assim que, por mero acaso, conhece Clare. A história é-nos narrada por estas duas vozes, pelo que do mesmo acontecimento conhecemos sempre duas perspectivas, o que nos habilita com mais informações e, sobretudo, alarga os horizontes da nossa imaginação.
Ao longo da leitura, vamos acompanhando o crescimento das personagens e os problemas que daí advêm. Cria-se, consequentemente, um tom íntimo e de confissão que agarra o leitor. Inicialmente, é difícil acompanhar o tempo-espaço da personagem Henry e a leitura exige, do leitor, concentração para que não se perca na narrativa. Mas, por outro lado, é esse lado estranho e bizarro que lhe confere muito do interesse. Inevitavelmente, perguntamo-nos como seria se nós tivéssemos essa capacidade de viajar. Apesar de tudo, embora a estória se centre muito nos protagonistas, a autora desenvolveu outros grupos de personagens cujos problemas são igualmente interessantes e apimentam a narrativa.
Creio que a obra de Audrey Niffenegger nunca me atraiu muito porque achei a ideia do viajante do tempo meio absurda, mas a verdade é que a autora teve grande habilidade no desenvolvimento da trama, conferindo-lhe credibilidade, a que se juntou uma escrita fantástica, pela sua simplicidade e riqueza. A partir daqui, foi deixar-me levar pelas aventuras (e loucuras) de Henry. E, garanto-vos, houve muito para descrobrir… – Cristina
Classificação: 8/10 – Muito Bom