Autor: Alexander Pushkin
Título Original: The Queen of Spades (1834)
Editora: Europa-América (livro de bolso)
Páginas: 73
ISBN: 9789721055759
Tradutor: José Marinho
Origem: Comprado
Opinião: A Dama de Espadas é um conto do escritor russo Alexander Pushkin, considerado por muitos o nome maior da poesia russa e fundador da literatura russa moderna. Nunca tinha lido nada de sua autoria e o meu conhecimento em relação a literatura russo é bastante parco, portanto pareceu-me interessante pegar neste pequeno livro, que já tinha por ler há bastante tempo.
Este conto, que se lê num par de horas, centra-se num segredo detido por uma velha condessa, que promete fazer com que quem o conheça enriqueça desmesuradamente, pois permitiria vencer facilmente jogos de cartas que envolviam grandes quantidades de dinheiro, e logo enriquecer o seu detentor. Durante um desses jogos de cartas, no qual participava o neto da velha condessa, este decide contar aos companheiros que a avó está na posse desse segredo, mas não o revelou a ninguém. Hermann, um jovem ambicioso que durante os jogos de cartas se limitiva a ver os companheiros jogar, por falta de dinheiro para investir, decide tentar chegar à velha condessa e obrigá-la a revelhar-lhe o seu segredo, mesmo que para isso tenha de enganar e magoar a jovem Lisavete, companhia da condessa.
Este é um conto que tem a avareza por tema principal, e apresenta-a, no final de contas, como uma pobre opção de vida. Tratando-de se ficção curta, o desenvolvimento da história e das personagens não é grande, mas ainda assim é possível entrever alguma caracterização da sociedade russa da capital da altura, S. Petersburgo. Gostei, mas não foi particularmente marcante; espero poder vir a conhecer um pouco mais da obra deste escritor no futuro.
Como nota final, deixo aqui a curiosidade que esta história foi transformada em duas óperas, uma de Tchaikovsky (The Queen of Spades) e outra de Franz von Suppé (Pique Dame).
Classificação: 5/10 – Razoável