[Opinião] Eternidade, de Alyson Noël

Autor: Alyson Noël
Título Original: Evermore (2009)
Série: Os Imortais #1
Editora: Gailivro
Páginas: 288
ISBN: 9789895577101
Tradutor: Pedro Garcia Rosado
Origem: Recebido para crítica

Sinopse: Entrem num mundo encantador onde o verdadeiro amor nunca morre… Depois de um terrível acidente que lhe matou a família, Ever Bloom, de dezasseis anos, consegue ver as auras das pessoas que a rodeiam, ouvir os seus pensamentos e conhecer a história da vida de qualquer pessoa através de um simples toque. Desviando-se, sempre que possível, no sentido de evitar qualquer contacto humano e de esconder esses dons, Ever é vista como uma anormal na escola secundária à qual regressa. Mas tudo muda, quando conhece Damen Auguste. Damen é encantador, exótico e rico. E é a única pessoa que consegue silenciar o ruído e as manifestações de energia que invadem a cabeça de Ever. Ele transporta uma magia tão intensa que parece conseguir ler a alma de Ever. À medida que Ever é arrastada para o sedutor mundo de Damen, onde abundam os segredos e os mistérios, começam a surgir-lhe mais perguntas do que respostas. Além de que não faz ideia de quem realmente é… ou daquilo que é. Apenas sabe que se está a apaixonar desesperadamente.

Opinião: O romance paranormal (aqui na vertente young adult) é um género que continua a dar cartas e que tem sido alvo de várias apostas recentemente por parte das editoras portuguesas. Eternidade é o primeiro da série Os Imortais, da escritora Alyson Noël, que foi originalmente publicado em 2009; ainda no mesmo ano, publicou o 2.º e 3.º volumes da série, Blue Moon e Shadowland. O 4.º livro está previsto para Junho deste ano e o 5.º para Fevereiro de 2011.

Eternidade é contado na primeira pessoa pela jovem Ever Bloom, que após um grave acidente de automóvel no qual perdeu pais e irmão, se vê a braços com características muito peculiares: sempre que toca em alguém, consegue desvendar os pensamentos dessa pessoa e todas elas se encontram rodeadas por uma aura cuja cor revela o seu estado de espírito; para além disso, Ever consegue ver mortos, nomeadamente aqueles que ainda se encontram numa espécie de transição. A chegada de um jovem aparentemente perfeito à turma de Ever irá não só despertar o seu coração como fazê-la repensar a forma como tem vindo a encarar a perda da sua família.

Este é um livro que se lê num ápice, por dois motivos: a escrita simples e o enredo relativamente interessante. De facto, as ideias-base deste livro apresentam alguma originalidade, especialmente no que se refere à mitologia que a autora cria para dar background à sua história. Pena foi que este aspecto tivesse ocupado tão pouco espaço no livro, preferindo a autora dar ênfase aos dilemas existenciais próprios da adolescência, na minha opinião de forma algo exagerada. As personagens principais pareceram-me demasiado estereotipadas e poderiam ter sido bem melhor desenvolvidas, se a autora tivesse decidido dar-lhes um cunho pessoal, algo que as distinguisse das demais espalhadas por tantos e tantos livros do género. De facto, apenas no final do livro, e muito por força da tal exploração da mitologia de que falei, a história ganha outro dinamismo e conseguiu captar a minha atenção.

Apesar dos aspectos menos positivos que apontei, tenho consciência que o que me desagradou pode facilmente tornar-se no mais atractivo para a faixa etária à qual este livro se dirige. Acho que a frase transcrita na capa resume-o bastante bem: “Os leitores de Stephenie Meyer e PC Cast vão adorar esta nova e brilhante série”. Se forem fãs das autoras referidas, é muito provável que apreciem este livro. 

Classificação: 5/10 – Razoável

Livro n.º 38 de 2009

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.