[Opinião] O Símbolo Perdido, de Dan Brown

Autor: Dan Brown
Título Original: The Lost Symbol (2009)
Série: Robert Langdon #3
Editora: Bertrand Editora
Páginas: 572
ISBN: 9789722520140
Tradutor: Carlos Pereira, Ester Cortegano, Fernanda Oliveira, Marta Teixeira Pinto
Origem: Comprado

Sinopse: Washington, D. C.: Robert Langdon, simbologista de Harvard, é convidado à última hora para dar uma palestra no Capitólio. Contudo, pouco depois da sua chegada, é descoberto no centro Rotunda um estranho objecto com cinco símbolos bizarros.  Robert Langdon reconhece-os: trata-se de um convite ancestral para um mundo perdido de saberes esotéricos e ocultos. Quando Peter Solomon, eminente maçom e filantropo, é brutalmente raptado, Langdon compreende que só poderá salvar o seu mentor se aceitar o misterioso apelo. Langdon vê-se rapidamente arrastado para aquilo que se encontra por detrás das fachadas da cidade mais poderosa da América: câmaras ocultas, templos e túneis. Tudo o que lhe era familiar se transforma num mundo sombrio e clandestino, habilmente escondido, onde segredos e revelações da Maçonaria o conduzem a uma única verdade, impossível e inconcebível. Trama de história veladas, símbolos secretos e códigos enigmáticos, tecida com brilhantismo, O Símbolo Perdido é um thriller surpreendente e arrebatador que nos surpreende a cada página.  O segredo mais extraordinário e chocante é aquele que se esconde diante dos nossos olhos…

Opinião: Quando soube que Dan Brown tinha voltado, nem quis acreditar. Não é o meu escritor preferido, nem por quem mais anseio, mas tinha de mudar a ideia sobre a sua obra. Depois de ler A Fortaleza Digital, tinha ficado desapontada, sem dúvida. Faltava criatividade, novidade, chama… mas o Dan Brown de Anjos e Demónios e O Código da Vinci tinha isso tudo. Por isso, era obrigatório ler O Símbolo Perdido.

Antes de mais, creio que esta nova obra mostra algumas mudanças no estilo de Dan Brown, nomeadamente o facto de explorar mais a vida/história das personagens. Daí podem suscitar afinidades ou ódios, mas, acima de tudo, e mais importante, estabelece uma relação com o leitor. Quatro livros depois, conhecemos alguns hábitos de Robert Langdon, o mais famoso simbologista da actualidade.

O início da trama não traz novidade nenhuma, é diferente, mas, no cômputo geral, é na mesma um crime. No seio da nação mais protegida, alguém consegue raptar uma das pessoas mais influentes e pôr a CIA em polvorosa. Sem perceber como, nem por quem, Langdon é chamado para um “jogo” que, com base nos seus conhecimentos, pode trazer alegrias ou dissabores ao criminoso.

Neste livro, a questão transversal à obra é a relação entre Deus/Fé e Homem/Ciência que, ao longo dos tempos, tem sido debatida. Através do desenvolvimento da estória, vamos conhecendo muitas das teorias que surgiram e, simultaneamente, muitos símbolos que a ela estão associados. Inevitavelmente, Dan Brown explora, ao pormenor, a riqueza histórica da cidade onde a trama se desenrola, Washington. As descrições de alguns locais são maravilhosas, transportando-nos para ambientes misteriosos e fascinantes.

Enquanto escrevo, continuo sem saber como definir o livro… Gostei da leitura, mas, confesso, ficou aquém das minhas expectativas. Mantém-se consistente com o perfil do autor, que, diga-se, aposta fortemente na exploração histórica de algumas Ordens e locais… mas faltou-lhe chama, talvez. Pelo menos, neste livro, voltou, e ainda bem, o suspense e a tarefa de desvendar o criminoso é quase impossível. – Cristina

Classificação: 7/10 – Bom

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.