Autor: Dan Brown
Título Original: The Lost Symbol (2009)
Série: Robert Langdon #3
Editora: Bertrand Editora
Páginas: 572
ISBN: 9789722520140
Tradutor: Carlos Pereira, Ester Cortegano, Fernanda Oliveira, Marta Teixeira Pinto
Origem: Comprado
Opinião: Quando soube que Dan Brown tinha voltado, nem quis acreditar. Não é o meu escritor preferido, nem por quem mais anseio, mas tinha de mudar a ideia sobre a sua obra. Depois de ler A Fortaleza Digital, tinha ficado desapontada, sem dúvida. Faltava criatividade, novidade, chama… mas o Dan Brown de Anjos e Demónios e O Código da Vinci tinha isso tudo. Por isso, era obrigatório ler O Símbolo Perdido.
Antes de mais, creio que esta nova obra mostra algumas mudanças no estilo de Dan Brown, nomeadamente o facto de explorar mais a vida/história das personagens. Daí podem suscitar afinidades ou ódios, mas, acima de tudo, e mais importante, estabelece uma relação com o leitor. Quatro livros depois, conhecemos alguns hábitos de Robert Langdon, o mais famoso simbologista da actualidade.
O início da trama não traz novidade nenhuma, é diferente, mas, no cômputo geral, é na mesma um crime. No seio da nação mais protegida, alguém consegue raptar uma das pessoas mais influentes e pôr a CIA em polvorosa. Sem perceber como, nem por quem, Langdon é chamado para um “jogo” que, com base nos seus conhecimentos, pode trazer alegrias ou dissabores ao criminoso.
Neste livro, a questão transversal à obra é a relação entre Deus/Fé e Homem/Ciência que, ao longo dos tempos, tem sido debatida. Através do desenvolvimento da estória, vamos conhecendo muitas das teorias que surgiram e, simultaneamente, muitos símbolos que a ela estão associados. Inevitavelmente, Dan Brown explora, ao pormenor, a riqueza histórica da cidade onde a trama se desenrola, Washington. As descrições de alguns locais são maravilhosas, transportando-nos para ambientes misteriosos e fascinantes.
Enquanto escrevo, continuo sem saber como definir o livro… Gostei da leitura, mas, confesso, ficou aquém das minhas expectativas. Mantém-se consistente com o perfil do autor, que, diga-se, aposta fortemente na exploração histórica de algumas Ordens e locais… mas faltou-lhe chama, talvez. Pelo menos, neste livro, voltou, e ainda bem, o suspense e a tarefa de desvendar o criminoso é quase impossível. – Cristina
Classificação: 7/10 – Bom