[Opinião] Na Casa do Rei Dragão, de Stephen Lawhead

Autor: Stephen Lawhead
Título Original: In the Hall of the Dragon King (1982)
Série: A Saga do Dragão #1
Editora: Saída de Emergência – Colecção TEEN
Páginas: 384
ISBN: 9789896370992
Tradutor: Manuel Cordeiro
Origem: Recebido para crítica

Sinopse: Um guerreiro mortalmente ferido caíra desfalecido no pórtico do templo onde Quentin servia como acólito do deus Ariel. Agora, o jovem Quentin tinha de fazer a sua escolha: entre uma vida tranquila e confortável e um caminho desconhecido carregado de perigos. Em companhia de um punhado de amigos leais, Quentin parte para uma aventura que irá mudar o seu destino e arrastá-lo para um conflito mortal com Jasper, o usurpador, e o sinistro necromante Nimrood.

Opinião: Já há algum tempo que tinha vontade de experimentar um livro do escritor americano Stephen Lawhead, que se notabilizou no campo da fantasia e ficção científica e, mais recentemente, na ficção histórica. Na Casa do Rei Dragão é o primeiro volume dos três que compõem A Saga do Dragão, e foi o seu livro de estreia (curiosamente publicado no ano em que nasci). O próximo volume é Os Guerreiros de Nin.

Na Casa do Rei Dragão é um livro que segue as linhas tradicionais de um livro de fantasia, em que está presente a eterna luta do bem contra o mal; um jovem protagonista inocente e destinado a grandes feitos que, face às agruras da vida real, vai ganhando maturidade; um feiticeiro maléfico que pretende conquistar o mundo; um grupo de amigos, cada qual com as suas habilidades, que o tenta desfeitear. É uma história simples, com algum world-building interessante (especialmente com a introdução do povo nómada Jher) e com personagens lineares, no sentido em que ou são boas ou são más. Nada contra o facto, que até é normal para o tipo de público a que me parece dirigir-se (e daí estar inserido nesta colecção). O livro tem ainda uma componente religiosa bastante vincada, e a personagem principal chega mesmo a ser alvo de uma aparição.

Estamos perante um bom livro de aventuras, destinado claramente a um público mais jovem e que poderá não satisfazer por completo leitores mais adultos e que já leram muita coisa no campo da fantasia, sob pena de se ficar um pouco com a sensação de déjavu – foi isso que me aconteceu. Apesar disso, recomendo este livro a leitores mais jovens ou aos que estão a descobrir o género fantástico; penso que é um bom ponto de partida.

Classificação: 6/10 – Bom, mas recomendado com reservas

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.