Leio aqui uma entrevista à escritora portuguesa Alice Vieira, que está a comemorar 30 anos de carreira e terá hoje a partir das 17h no Teatro São Luiz uma festa a propósito dessa efeméride, e lembro-me do quanto gostei dos livros de sua autoria que tive oportunidade de ler.
Depois dos livros da colecção “Uma Aventura”, os livros da Alice Vieira foram o passo seguinte na minha formação como leitora. O primeiro que li dela foi Úrsula, a Maior, a história da jovem Maria João, que é filha de pais separados e que se vê subitamente a ter de lidar com Xuxu, uma rapariga que não podia ser mais diferente dela e com a qual tem subitamente de partilhar o quarto, devido ao facto de a mãe ter oferecido a sua casa para Xuxu poder frequentar a escola secundária, inexistente onde morava. Este é o acontecimento que despoleta todos os acontecimentos posteriores, sempre contados com um excelente sentido de humor e com pequenas lições pelo meio. Perdi a conta às vezes que li este livro e posso dizer que adorei cada uma delas. Posteriormente, li ainda (e gostei muito) de Chocolate à Chuva, A Espada do Rei Afonso, Às Dez a Porta Fecha, A Lua Não Está à Venda, Promontório da Lua ou Caderno de Agosto. Muitas outras histórias ficaram por ler à medida que fui crescendo e passando para um tipo de literatura mais adulta, mas a verdade é que este livros me marcaram bastante e a Alice Vieira é uma escritora com um lugar especial no meu coração. Lembro-me dos livros que li dela como alguma nostalgia, como uma viagem no tempo a uma época diferente e feliz, à sua maneira.
Deixo aqui os meus parabéns pelos 30 anos de carreira, esperando que muitos outros se sigam.