[Opinião] A Canção do Dragão, de Anne McCaffrey

Autor: Anne McCaffrey
Título Original: Dragonsong (1976)
Série: O Salão do Harpista #1
Editora: Gailivro
Páginas: 218
ISBN: 9789895576845
Tradução: CEQO – Tradução, Consultoria Linguística e Ensino
Origem: Recebido para crítica

Sinopse: Durante séculos, o mundo de Pern enfrentou uma força destrutiva, conhecida por Fios. Porém, os magníficos dragões que sempre protegeram Pern, assim como os homens e as mulheres que neles voavam, começaram a escassear. À medida que cada vez menos dragões deslizam pelos ares e a destruição insiste em cair do céu, Menolly, uma rapariga de quinze anos, tem apenas um sonho: cantar, tocar e compor a música que lhe é tão familiar – deseja tornar-se Harpista. Mas, apesar do seu grande talento, o pai acredita que uma rapariga não merece ocupar uma posição tão respeitada e proíbe-a de seguir os seus sonhos.
Menolly foge e depara-se com nove lagartos-de-fogo que poderão salvar o seu mundo… e mudar a sua vida para sempre.

Opinião: A Canção do Dragão é o primeiro livro de uma nova trilogia, O Salão do Harpista, que decorre em Pern, à semelhança dos anteriores livros da Anne McCaffrey publicados pela Gailivro (O Voo do Dragão, A Demanda do Dragão e O Dragão Branco). Em termos cronológicos, A Canção do Dragão decorre na mesma altura de A Demanda do Dragão e partilha a cena da eclosão dos dragões, em que Jaxom impressiona Ruth, o dragão branco (par que iremos conhecer melhor em O Dragão Branco).

Neste livro, de tom marcadamente mais juvenil que os anteriores, vamos encontrar Menolly num dos Domínios subordinados ao Weyr de Benden. Menolly é uma jovem muito dotada musicalmente, aprendiz do Harpista Petiron, que sempre encorajou o seu talento. Quando este morre, Menolly vê-se subitamente proibida pelo seu pai de tocar e cantar e para se livrar desta opressão começa a vaguear por sítios fora do Domínio do Mar. Num desses “passeios” e por força de mais uma queda de Fios, Menolly encontra uma ninhada de lagartos-de-fogo, que irão ajudá-la a compreender o que verdadeiramente deseja para a sua vida.

Foi agradável regressar a Pern nesta pequena história, mas confesso que senti falta da presença dos dragões e dos seus cavaleiros (apesar dos aparecimentos esporádicos) e a partir do momento em que Menolly se desloca para o Weyr de Benden, a história ganhou um novo alento e emoção. Foi bom rever Lessa e a sua rainha Ramoth, bem como toda a dinâmica no Weyr de Benden. É um bom complemento à trilogia já publicada, mas julgo que, pelo menos este livro, não consegue proporcionar o mesmo nível de emoção apresentado anteriormente. Ainda assim, aguardo com curiosidade pela publicação do 2.º volume desta trilogia, A Cantora dos Dragões.

Uma nota final relativa à tradução: alguns termos próprios do universo de Pern foram, neste livro, traduzidos de forma diferente dos livros anteriormente publicados. Por exemplo, zona intermédia passa a meio e Cidadela passa a Domínio. Fica a sugestão de uniformização destas (e outras) expressões em edições/publicações futuras. 

Classificação: 7/10 – Bom

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.