
Título Original: White Rose Rebel (2007)
Editora: Bizâncio
Páginas: 384
ISBN: 9789725304211
Tradutor: Elsa T. S. Vieira
Origem: Comprado
Opinião: A Rosa Rebelde conta a história da escocesa Anne Farquarson, a “coronela” que liderou os rebeldes jacobitas na guerra de 1745, numa tentativa de resgatar a independência da Escócia da soberania inglesa. Filha de John Farquarson, desde cedo Anne se torna sensível às questões da independência escocesa e quando casa com o chefe do clã MacIntosh, os dois entram em conflito porque Anne defende o apoio ao príncipe exilado Charles Edward Stuart, que teria o direito de reclamar o trono escocês, mas o seu marido não é da mesma opinião.
O livro relata este período conturbado da história escocesa com um bom nível de detalhe, tendo por base uma visível detalhada pesquisa histórica. O relato destes acontecimentos é intercalado com a vida romanceada de Anne, que alivia a densidade dos pormenores históricos presentes, apesar de a ligação entre estes dois aspectos da obra nem sempre ser bem conseguido. Para além disto, achei que as personagens e as ligações entre elas também podiam ter sido melhor exploradas. No entanto, e apesar destes aspectos que apontei, a leitura foi muito agradável e nunca se tornou aborrecida. Uma das coisas que mais me agradou (e surpreendeu) foi conhecer a cultura escocesa da época, desde a lógica dos clãs à importância e liberdade dada às mulheres. De facto, era um modo de pensar muito à frente do seu tempo.
Como gosto bastante de romances históricos, onde posso juntar ao prazer da leitura à aquisição de conhecimento sobre acontecimentos passados, este livro cumpriu bem o seu papel; apesar de não ser uma obra literária excepcional, julgo que será especialmente apreciado por quem gosta de romances históricos.
Classificação: 7/10 – Bom