
Ano de Publicação: 2003
Série: Kushiel #3
Editora: TOR
Páginas: 967
ISBN: 9780330420013
Opinião: Depois de ter lido os 2 primeiros volumes desta trilogia no ano passado (opiniões aqui e aqui), finalmente arranjei um tempinho para ler o terceiro e último volume desta que é a primeira trilogia escrita pela autora e que decorre no seu fantástico mundo fictício.
Para quem não sabe, esta trilogia que terminei decorre num mundo renascentista reinventado, onde a mitologia e os deuses desempenham um papel fundamental. Este livro decorre 10 anos após os acontecimentos do 2.º volume, sendo mais uma vez narrado na primeira pessoa por Phèdre nó Delaunay que terá de viajar para longe da sua casa, na companhia de Joscelin, numa demanda pela chave que permitirá libertar o seu amigo de infância Hyacinthe da maldição a que está preso. Entretanto, Phèdre tenta também localizar o paradeiro de Imriel, filho da sua inimiga Melisande e 3.º na linha do trono, que desapareceu misteriosamente do sítio onde tinha estado 10 anos escondido.
Jacqueline Carey volta, neste livro, a presentear-nos com a sua escrita cuidada e maravilhosa. Não me canso de a elogiar, porque aprecio imenso a forma como ela “tece a sua teia”, pegando em simples palavras para construir uma narrativa fantástica. Adorei reencontrar as personagens já minhas conhecidas e conhecer várias novas que surgiram. Mais uma vez, temos uma história repleta de aventuras, emoção e amor, e mais uma vez chamo a atenção para algumas descrições mais gráficas relacionadas com práticas sadomasoquistas, mas que não chocam quem não aprecie particularmente estas coisas, dada a forma elegante como são descritas e a importância que têm na construção da personagem principal e na história, de um modo geral.
No início deste ano, a Saída de Emergência anunciou no seu fórum BANG! que vai publicar a autora em Portugal (espero que optem pelos livros da série Kushiel), estando a primeira publicação prevista, em princípio, para 2010. Só me posso congratular com esta notícia, porque estes livros são excelentes. Já agora, fiquei curiosa para saber como é que o tradutor vai descalçar algumas botas, começando pelas várias expressões idiomáticas e terminando na captação do estilo muito próprio da escritora. Aguardo com bastante expectativa!
Classificação: 9/10 – Excelente