Autor: Orhan Pamuk
Título Original: Beyaz Kale (1985)
Editor: Editorial Presença
Páginas: 181
ISBN: 9789722326049
Tradutor: Manuela Vaz
Origem: Comprado
Opinião: Depois de me ter deliciado com as suas crónicas, no livro Outras Cores, fiquei ainda mais curioso em conhecer a obra, premiada com o Nobel da Literatura, do turco Orhan Pamuk. Sempre gostei de obras de escritores que me dão a conhecer os modos de vida, e as tradições seculares, dos seus povos e das suas religiões. Como Salman Rushdie (um dos meus escritores favoritos), entre outros, Pamuk dá-nos a conhecer as tradições muçulmanas, quase sempre inspiradas no livro “ As mil e uma noites”.
A Cidadela Branca é um livro pequeno, mas recheado de detalhes filosóficos, reflectindo a existência humana de duas pessoas, mas que podemos reflectir sobre a nossa própria existência.
A história gira à volta de um estudante italiano que, no século XVII, é raptado por piratas turcos tornando-se escravo de um cientista. Hojas, o cientista, é mais conhecido por o Mestre que aproveita a extraordinária capacidade intelectual do seu para viver uma vida diferente da que estava a viver até ao momento.
No meio duma peste que começa a assolar a cidade, o Mestre pede ao escravo que escreva, ao mesmo tempo do que ele, histórias da sua vida que tenha vivido. Curioso é que o escravo e o Mestre são idênticos, quase gémeos, levando-os a confundir as suas identidades, quase como se estivessem os dois a viverem a mesma vida. As perguntas “sou o que sou? “ e “O que sou eu?“ são aquelas que o Mestre gostaria de serem respondidas, reflectindo a sua vivência na vida.
8/10 – Muito Bom