Título Original: The Island (2005)
Editora: Civilização Editora
Páginas: 408
ISBN: 9789722625388
Tradutor: Isabel Baptista
Origem: Comprado
Opinião: Este era, muito provavelmente, um dos livros que tinha há mais tempo por ler. Sempre chamou a minha atenção, mas por um ou outro motivo, outros livros foram passando à sua frente.
A Ilha conta a história de várias gerações de uma família grega, marcada pela tragédia. Mas este livro é também a história da ilha de Spinálonga, perto da costa este de Creta, que serviu de lar a uma colónia de leprosos entre 1903 e 1957. Durante este período, anterior à descoberta da cura da lepra, os doentes infectados eram exilados para esta ilha devido ao perigo de contágio. Ao longo do livro, conseguimos aperceber-nos da crueldade que era arrancar as pessoas à sua vida e à sua família pelo facto de contraírem esta doença, mas ao mesmo tempo percebemos que, apesar da sua condição de exilados, estas pessoas conseguiam ter uma vida relativamente normal, sempre pontuada pela esperança que a cura da lepra aparecesse e as salvasse.
Apesar da escrita simplista e directa, Victoria Hislop é bastante bem sucedida na descrição da ilha, das pessoas e dos costumes gregos. Para além disso, é como se as personagens retratadas no livro se tornassem, a certo ponto, nossas amigas.
É um livro sobre a amizade, a tolerância, sobre como por vezes os acontecimentos que a certa altura nos parecem devastadores, acabam por trazer consigo algo de bom. Gostei!
Classificação: 8/10 – Muito Bom