[Opinião] As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain

Tom Sawyer

Autor: Mark Twain
Título Original: The Adventures of Tom Sawyer (1876)
Editora: Book.it
Páginas: 191
ISBN: 9789896280161
Tradutor: Berta Mendes
Origem: Comprado

Sinopse: Tom Sawyer vive com a tia Polly e o irmão Sid numa vilazinha nas margens do rio Mississipi, nos Estados Unidos. Ao contrário de Sid, que é muito bem comportado e excelente aluno, Tom detesta as segundas-feiras e adora escapulir-se às aulas para ir pescar ou meter-se em sarilhos com os seus amigos Hucleberry Finn e Joe Harper. Cemitérios, fantasmas, piratas, assassinos, tesouros e a perseguição do terrível Joe Índio fazem da vida dos três amigos uma aventura constante e perigosa, mas também muito divertida. Conseguirá Tom sobreviver a tudo e conquistar o coração da sua amada Becky Thatcher?
Mark Twain (Samuel Clemens) escreveu esta aventura irreverente em 1876 e ela continua hoje a ser um clássico absoluto da literatura para todas as idades.

 

Opinião: Todos vós terão desenhos animados que marcaram a vossa infância. Quanto a mim, para além do Dartacão e do Bocas, adorava ver o Tom Sawyer. Pensar nestes desenhos animados traz consigo a nostalgia da infância, das tardes passadas em frente à TV, com as aulas da manhã deixadas para trás e um belo lanche a acompanhar. Da altura em que as preocupações equivaliam mais ou menos a zero. Bons tempos, esses!

Ler As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, fez-me recuar no tempo. Não só por causa dos desenhos animados, mas também porque me fez lembrar dos tempos em que íamos para a rua brincar com os amigos, e o principal motor das brincadeiras não era o computador ou uma PlayStation, mas pura e simplesmente a imaginação. Este aspecto é também o principal foco do livro, que acompanha as aventuras de uma das personagens mais conhecidas da literatura infantil/juvenil, Tom Sawyer. Talvez seja um pouco redutor catalogar este livro, porque pode ser imensamente apreciado por todas as idades.

Tom é o modelo perfeito daquilo a que chamamos “criança reguila”. Raramente obedece à sua tia Polly e anda sempre a meter-se em confusões. Há partes do livro que são simplesmente hilariantes, como a da pintura da vedação (várias vezes retratada em capas deste livro), outras um tanto assustadoras (como a parte do cemitério ou da gruta), mas o leitor vai acompanhando todas estas peripécias com a certeza que o nosso querido Tom se vai safar. Ao longo de tudo isto, a leitura é leve, reconfortante e divertida. Um clássico!

Gostei particularmente da forma como o livro termina:

SO endeth this chronicle. It being strictly a history of a BOY, it must stop here; the story could not go much further without becoming the history of a MAN. When one writes a novel about grown people, he knows exactly where to stop–that is, with a marriage; but when he writes of juveniles, he must stop where he best can. 

Classificação: 9/10 – Excelente

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Sobre Célia

Tenho 38 anos e adoro ler desde que me conheço. O blogue Estante de Livros foi criado em Julho de 2007, e nasceu da minha vontade de partilhar as opiniões sobre o que ia lendo. Gosto de ler muitos géneros diferentes. Alguns dos favoritos são fantasia, romances históricos, policiais/thrillers e não-ficção.