No último livro que li, “A Vida Secreta das Abelhas”, a história decorre num dos períodos mais conturbados da história dos Estados Unidos da América. Um dos acontecimentos centrais do livro (a prisão da negra Rosaleen) é despoletado quando esta tenta ir inscrever-se como eleitora, direito que tinha acabado de adquirir pela assinatura da Lei dos Direitos Civis, em 1964.
No dia 2 de Julho de 1964, o presidente norte-americano Lyndon Johnson assinou a Lei dos Direitos Civis, que “proíbe a discriminação nas eleições, no uso de instalações e alojamentos públicos, e escolas públicas, e proporciona os meios legais para a eliminação da segregação.” Em Junho do ano anterior, o então presidente John F. Kennedy tinha apresentado a sua proposta de lei ao país, no famoso discurso sobre os direitos civis, submetendo-a a aprovação da Câmara dos Representantes. Durante o impasse que se vivia em relação a essa proposta, o presidente John F. Kennedy foi assassinado a 22 de Novembro de 1963. Chegou a temer-se pela viabilidade da nova lei, mas, nessa altura, o recém-empossado Lyndon Johnson utilizou a sua experiência e influência para que a proposta passasse pela Câmara dos Representantes e seguisse para o Senado, onde, passados alguns meses, foi finalmente aprovada. – Célia M.