A presumível modernização da Feira, a cerca de um mês e meio da sua abertura, é outra das críticas do administrador da Porto Editora, no que é acompanhado por outros editores, segundo afirmou à Lusa.
Segundo Vasco Teixeira, «há uma grande preocupação de vários editores relativamente a este atraso, que se faz sentir nomeadamente no planeamento com os autores e do programa cultural».
«A pouco mais de um mês de começar a Feira ainda não abriram as inscrições», assinalou. A 78ª Feira do Livro de Lisboa deverá abrir a 22 de Maio e encerrar a 10 de Junho.
Criticando «a modernização à pressa» da Feira, o responsável pelas áreas editoriais da Porto Editora frisou: «Somos favoráveis à modernização da Feira, nomeadamente de novos stands. É uma questão de imagem, mas não desta maneira à pressa, que não dá tempo a todos», disse
«O modelo ao qual a Câmara de Lisboa parece estar a abrir a porta é inaceitável», enfatizou, assegurando «outros grupos editoriais» pensam do mesmo modo.
«Todos temos legitimidade para ter sectores de exposição grandes e não quero acreditar que a Câmara de Lisboa esteja deliberadamente a beneficiar um grupo editorial», disse.
A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e a União dos Editores Portugueses têm estado em negociações com a Câmara de Lisboa relativamente ao modelo da Feira.
Fonte das negociações disse à Lusa «estar-se a evitar decisões extremas que prejudicam o sector», mas reconheceu que entre as divergências está a vontade de um grupo editorial, que não identificou, «em deter um espaço maior e em circunstâncias diferentes dos tradicionais pavilhões».
Outra fonte editorial confirmou à Lusa «que as negociações decorreram, havendo divergências nomeadamente relativamente ao modelo de exposição».
A mesma fonte referiu que, «apesar dos atrasos que isso implica, continuar-se-á a reunir com a Câmara para alcançar uma solução».
Fonte: SOL
Agora já percebi porque é que o mail que enviei à APEL a perguntar a data de início da Feira foi respondido com um “ainda não temos informações”… Com tanto tempo para organizar às coisas, deixa-se tudo para a última da hora. Tipicamente português.