Autor: Matilde Asensi
Título Original: El Último Catón (2001)
Editora: Booket
Páginas: 624
ISBN: 9789722033602
Tradutor: J. Teixeira de Aguilar
Origem: Comprado
Opinião: Os livros cuja temática está, de alguma forma, relacionada com a Igreja sempre me interessaram, e O Último Catão, de Matilde Asensi, não foi excepção. O despoletar da história é o mais visto dos últimos tempos – um assassinato -, mas as páginas que se seguem estão recheadas de surpresas. A imaginação da autora, os dados históricos em que se baseou e as descrições das personagens, das épocas e da própria acção acabam por transformar a obra numa leitura agradável e aconselhável.
O assassinato de um jovem etíope e o roubo de algumas relíquias de Igrejas Cristãs cruza os destinos de três personagens completamente diferentes. Numa tentativa de chegarem até aos culpados, o grupo terá de superar sete desafios, associados aos sete pecados mortais, em sete cidades diferentes: Roma pela soberba, Ravena pela inveja, Jerusalém pela ira, Atenas pela preguiça, Constantinopla pela avareza, Alexandria pela gula e Antioch pela luxúria. Para saberem o que têm de fazer e onde ir, Ottavia, Farag e Glaus-Roister devem seguir alguns dos cantos d’ A Divina Comédia (óptima oportunidade para ler excertos da obra de Dante).
A obra, contudo, vai para além da tentativa de resolver os crimes e, ao longo das páginas, somos também confrontados com as questões pessoais de cada personagem. Também eles se descobrem nesta aventura, o que personaliza a trama.
Há ainda a destacar dois aspectos: por um lado, a descoberta de algumas curiosidades engraçadas que, muitos de nós, desconhecemos; e, por outro, a sensação de que, chegados ao fim, ficamos sem saber por que houve o assassinato. – Cristina
Classificação: 8/10 – Muito Bom