
“Orgulho e Preconceito” é um daqueles clássicos que todos deviam ler, mesmo aqueles que normalmente não gostam de clássicos. Tendo sido escrito há quase 200 anos, é precisamente isso que ele é, e isso nota-se na linguagem cuidada e na descrição de usos e costumes ao longo de todo o desenrolar da história. No entanto, a crítica presente no que à futilidade e aos preconceitos diz respeito, e mesmo na caracterização das personagens, é exímia e poderia perfeitamente ter sido escrita sobre pessoas que todos conhecemos. Sim, porque apesar da existência de elementos na história que nos fazem uma certa confusão nos dias que correm (como por exemplo, o objectivo único da mulher ser casar e ter de o fazer com alguém com posses), existem muitos vícios e atitudes que Jane Austen aponta e que continuo a detectar nos dias de hoje.
“Orgulho e Preconceito”, para além de ser um excelente retrato de época e dos seus vícios, é uma bela e intemporal história de amor, magnificamente contada pela mão da escritora inglesa. Dela, ainda só tinha lido “Sensibilidade e Bom Senso”, mas a altura em que o fiz não me permitiu apreciar devidamente as suas qualidades literárias. Conto fazê-lo novamente um destes dias! –
Célia M.