O famoso escritor Dan Brown, cujo último romance, Origem, foi lançado a 4 de outubro, esteve ontem em Portugal para uma sessão com seus os leitores portugueses. Entre apresentações em Frankfurt e Madrid, conseguiu-se arranjar um espaço na sua agenda preenchida, tendo aterrado em Lisboa pouco tempo antes da hora marcada para o encontro, às 17h00.
Nunca tinha estado no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e tenho a dizer que fiquei agradavelmente surpreendida. É um espaço muito bonito e que costuma receber, certamente, muitos eventos especiais. Penso que foi muito bem escolhido pela organização e adequou-se na perfeição à receção ao escritor norte-americano. Após alguns minutos de espera junto às portas do auditório, este rapidamente encheu com os muitos fãs de Dan Brown, entre os quais se contava José Rodrigues dos Santos, que se sentou na primeira fila.
Antes de Dan Brown aparecer, tivemos oportunidade de assistir a um vídeo de apresentação do livro Origem, no qual o autor falou sobre algumas das suas inspirações para o livro e nos levou a passear um pouco em Barcelona. Depois, finalmente apareceu e falou para um público ávido da sua presença durante cerca de meia hora. A verdade é que o tempo voou, porque Dan Brown é um comunicador nato. Provavelmente, já treinou ou fez este discurso várias vezes e para vários públicos, mas fez com que parecesse a primeira vez. As histórias pessoais e o humor constante fizeram-no parecer mais humano e afável e a verdade é que a naturalidade com que entregou este discurso ao público disfarçou por completo qualquer sensação de ensaio prévio ou repetição.
A dicotomia ciência-religião foi, como seria de esperar, o principal tema abordado, ou não fosse este também um dos temas preferidos do autor. Percebemos que esta é uma questão que o acompanha desde a infância, tendo sido criado por uma mãe crente e um pai matemático, que foram decisivos para a importância que dá às reflexões sobre a relação entre aqueles dois eixos da experiência humana, não só na sua vida mas também nos seus livros. Ao seu discurso, seguiu-se uma sessão de perguntas do público e das respetivas respostas, tendo-me ficado na memória a analogia que o autor fez entre a publicação de um livro e um parto, quando alguém quis saber se já teria ideias para um próximo livro.
No final, ficou a imagem de um homem que gosta do que faz, que tem boas ideias e que lida (e sabe lidar!) muito bem com o seu sucesso. Não sendo o meu escritor preferido, diverti-me bastante e foi um prazer poder ter tido a oportunidade de estar presente no evento de ontem. Fica aqui o meu agradecimento pessoal à Bertrand Editora por me ter proporcionado esta experiência enriquecedora.