Autor: Boris Starling
Título Original: Messiah (1999)
Editora: 11×17
Páginas: 637
ISBN: 9789722518208
Tradutor: Fátima Gaspar e Carlos Gaspar
Origem: Comprado
Messias é o thriller mais empolgante dos últimos anos e assombrará garantidamente os seus sonhos!
Opinião: Messias foi um livro que comprei na Feira do Livro de Lisboa do ano passado, depois de ter lido opiniões muito positivas na internet sobre este policial/thriller. Estava a apetecer-me ler um daqueles livros em que as páginas parecem voar e este parecia ter todos os ingredientes para um leitura deste género; na verdade, acabou por revelar-se uma escolha acertada.
O enredo deste livro centra-se num assassino em série, que mata as suas vítimas das mais variadas formas, deixando, contudo, sempre duas imagens de marca: corta (e leva consigo) a língua das vítimas e deixa-lhes uma colher de prata na boca. O detetive destacado para investigar estes crimes é Red Metcalfe, tido como um dos investigadores mais brilhantes da Scotland Yard, depois de ter resolvido de forma exemplar outros casos bicudos. A equipa de investigação inclui ainda outros 3 detetives, que têm como função ajudar Red na descoberta da identidade do assassino, que desde o início dos crimes mostra ser mais metódico e cuidadoso que qualquer outro que Red tenha encontrado até à data. E assim, a investigação vai prosseguindo, com muitos avanços e recuos, em que os detetives vão tentando descobrir a relação entre as várias mortes e qual o padrão que o assassino segue, porque é certo que ele existe.
E não vou dizer muito mais, porque neste tipo de livros quanto menos se souber sobre a história, mais probabilidades existem de se ser surpreendido com o seu desfecho. Tendo em conta o número de páginas deste livro, acho que li isto em tempo recorde. A conjugação de capítulos curtos e os cliffhangers entre eles, juntando à vontade do leitor de saber qual o desenlace da história foram o principal motivo para isto. Penso que o autor consegue um bom equilíbrio em todas estas coisas, o que torna o livro cativante e viciante.
O meu único problema com Messias foi que adivinhei cedo demais (a cerca de meio da história) como é que tudo ia acabar. Estou longe de ser uma perita em descobrir culpados e desfechos em policiais (pelo contrário), mas desta vez as minhas suspeitas revelaram-se acertadas. Isso acabou por tirar um pouco do impacto que o final destes livros costumam ter – e de que muitas vezes se sustentam – e por isso não me senti assim tão arrebatada quando finalmente a trama é desvendada. Apesar disso, foi um livro que me cativou e que, não sendo propriamente uma pérola de escrita, cumpre o objetivo de cativar e impressionar o leitor, tendo sido, por isso, uma leitura que me satisfez e que recomendo a quem gosta do género.
Classificação: 4/5 – Gostei Bastante