Autor: Henry James
Título Original: Daisy Miller (1878)
Editora: Europa-América
Páginas: 93
ISBN: 9789721051577
Tradutor: Maria João Bento
Origem: Comprado
Opinião: Lê-se num par de horas, esta novela de Henry James. Nunca tinha lido nada do clássico autor norte-americano e por isso decidi começar por uma história mais curta. Escrito em 1878, Daisy Miller tem como personagem principal a jovem americana que dá nome ao livro, cuja personalidade e aventuras são vistas pelos olhos do conterrâneo Frederick Winterbourne.
Os dois conhecem-se num hotel na Suíça, quando Daisy e a família viajavam pela Europa. Frederick fica quase de imediato enamorado – ou talvez o termo mais exato seja fascinado – com a peculiar personalidade de Daisy. A jovem pertence a uma família algo desconsiderada pela sociedade europeia, para além de que é considerada namoradeira por não ter pejo em passear sozinha com homens, a que hora for. Os poucos dias que passam juntos são o suficiente para levar Frederick a viajar para Roma, uns meses mais tarde, onde Daisy se encontra, só para ficar a saber que ela não teve problemas em desfrutar da sua vida social e que continua a causar escândalos na sociedade.
Depois de terminar este pequeno livro, fiquei a pensar na evolução da sociedade nos 135 anos que passaram desde que este livro foi escrito. Os preconceitos, esses, continuam a existir, apesar de terem outra natureza. Felizmente que as mulheres podem, hoje em dia, fazer mais do que realmente querem da sua vida. O livro despoleta, por isso, reflexões interessantes no que respeita não só ao papel da mulher na sociedade da época, mas também à forma como eram vistas na altura as sociedades europeia e americana.
Gostei da escrita de Henry James; não achei que fosse complicada, apesar de ser claramente característica da época. Penso que é feita uma boa contextualização dos ambientes e as personagens são bem caracterizadas, mas pessoalmente não consegui sentir qualquer empatia por elas. Achei Daisy egoísta e mimada, apesar de muito provavelmente haver alguma inocência à mistura, e Frederick pareceu-me uma personagem desinteressante pela personalidade pouco memorável. Ainda assim fico curiosa para ler mais do autor.
Classificação: 2/5 – OK