Autor: Barbara Bretton
Título Original: Casting Spells (2008)
Série: Sugar Maple #1
Editora: Quinta Essência
Páginas: 296
ISBN: 9789898228192
Tradutor: Maria Filomena Duarte
Origem: Comprado
Opinião: Confesso que comprei este livro pelo facto de vir conotado como se tratando de uma autora e história ao género da Sarah Addison Allen, que aprecio bastante. Deixei passar mais de um ano antes de finalmente lhe pegar e parece que as minhas reticências estavam a adivinhar a desilusão em que esta leitura se iria transformar.
Sugar Maple é uma localidade norte-americana muito peculiar, pois é povoada por seres sobrenaturais de toda a espécie: vampiros, fadas, feiticeiras, trolls, etc. Pelo facto de os seus habitantes serem, na sua grande maioria, seres imortais, mas especialmente por se encontrar protegida por um feitiço antigo, raramente existem mortes a registar e, por isso, Sugar Maple é um exemplo no que diz respeito a índices de criminalidade. Até ao dia em que uma jovem exuberante aparece na loja de artigos de tricô pertencente a Chloe Hobbs e, na mesma noite, aparece morta num lago gelado.
A história é contada na primeira pessoa por duas vozes: uma delas é a de Chloe, a última descendente da feiticeira que conjurou o poderoso feitiço protector de Sugar Maple e que vive pressionada para se apaixonar e poder manter a força do feitiço que protege a localidade; a outra é Luke Mackenzie, um polícia enviado para o local do crime com o objectivo de o investigar.
No início, a história até parece engraçada. De facto, tem um conceito-base que, apesar de não primar pela originalidade, não deixa de cativar o leitor. A autora aposta no humor de Chloe, que no início até é bem conseguido mas acaba por começar a ser mais do mesmo à medida que o enredo se vai desenvolvendo. Ainda pensei que o elemento policial pudesse conferir mais interesse à história, mas a verdade é que é relegado para segundo plano e, às tantas, quase nos esquecemos do que Luke foi fazer a Sugar Maple… isto porque a história começa a basear-se, quase exclusivamente, na relação de Chloe e Luke, que diga-se de passagem, evolui de uma forma muito pobre. Digo isto porque as personagens têm pouca densidade, são previsíveis e a sua história de amor acaba por ser um reflexo da má caracterização que a autora lhes confere. As personagens secundárias são tudo menos memoráveis… de tal modo que terminei este livro há cerca de uma semana e já mal me lembro delas.
Resumindo, apesar de ter alguns pontos de interesse, especialmente no início, foi um livro que me deixou indiferente. Se desejam ler uma história com uma escrita que ultrapasse o básico e com um enredo cativante, não recomendo este livro. Fico-me por aqui quanto a esta autora.
Classificação: 2/5 – OK