
Título Original: Murder on the Orient Express (1934)
Editora: RBA Coleccionables
Páginas: 236
ISBN: 9788447359011
Tradutor: Alberto G. Gomes
Origem: Comprado
Opinião: Provavelmente já referi aqui que o género policial é o meu calcanhar de Aquiles. Também tenho de confessar que ainda não insisti verdadeiramente neste tipo de livros, mas a verdade é que, por norma, prefiro ler outras coisas. Apesar disso, a colecção de livros da Agatha Christie que a RBA começou a comercializar recentemente, pelos preços muito convidativos e pelo renome da autora, levaram-me a adquirir os primeiros quatro volumes e neste fim-de-semana tive o meu primeiro contacto com a escritora, com a leitura de “Um Crime no Expresso do Oriente”. Antes da opinião propriamente dita, queria dizer que Hercule Poirot é uma personagem que marcou a minha juventude, uma vez que era fiel seguidora da série televisiva e, portanto, a personagem e os seus métodos não me eram completamente estranhos. Foi engraçado revê-la e “lê-la” pela primeira vez.
O veredicto final é que adorei o livro. É, do início ao fim, um desafio à inteligência do leitor. Sem grandes floreados a nível linguístico, a história e os detalhes são a grande força deste livro. As pistas vão sendo lançadas ao longo dos depoimentos e a sensação de realismo dá-se pelo facto de o leitor, quando confrontado com a resolução dos vários mistérios, ficar com a impressão que ele próprio poderia ter chegado àquelas conclusões (não porque as deduções fossem fáceis, mas porque todos os dados foram lançados e não houve nenhum elemento extra-história revelado à última da hora). A leitura é tão, mas tão viciante que a vontade é de abrir o livro onde quer que estejamos para conseguirmos saber quem é, afinal, o assassino. Resumindo, fiquei com muita vontade de ler mais da Agatha Christie e a pensar se não farei bem em continuar a fazer a colecção. Terá sido desta que o género policial me convenceu?
Classificação: 9/10 – Excelente