
Este livro foi publicado pela primeira vez em 1922, em alemão, depois de Herman Hesse ter passado algum tempo na Índia na década anterior.
A palavra Siddhartha é formada a partir de duas palavras do Sânscrito (uma das línguas clássicas da Índia): siddha (adquirir) + artha (significado ou riqueza). As duas palavras juntas significam “aquele que encontrou o significado (da existência)” ou “aquele que atingiu os seus objectivos”.
O livro decorre no século VI d.C., na época contemporânea a Buda (que é também uma personagem do livro), e conta-nos a história de um jovem filho de um Brâmane que decide sair de casa e juntar-se aos samanas (sábios nómadas e mendigos). A partir daí, acompanhamos Siddhartha na sua jornada de busca interior e da procura do verdadeiro EU.
Apesar de ser curto, este livro transmite várias mensagens relevantes: como a religião mais importante se encontra dentro de nós e não numa qualquer doutrina; como é fundamental que percebamos aquilo que realmente importa; como a sabedoria vem da experiência e não do conhecimento teórico.
O livro gira sempre em torno da sua personagem principal, dos seus pensamentos, sentimentos e lutas interiores, por isso as descrições espaciais e temporais são breves e sucintas: nunca conhecemos em detalhe os locais por onde ela passa e o próprio tempo escoa rapidamente, quase sem que o leitor se aperceba.
8/10